24 fev 2014 20h12Atualizado em 24 fev 2014 21h41
Água invade e danifica casas. Moradores dizem que problema foi provocado por quebra-molas feitos pela prefeitura.
A chuva que caiu em Quirinópolis nesta segunda-feira, 24, provocou estragos em alguns setores da cidade. O bairro mais castigado foi o Chico Junqueira. Lá, a força d?água derrubou muros, varandas e invadiu casas. Bastante abalada com o que ocorreu, Sandra Batista Teixeira, moradora da Rua Jerônimo Vicente Ferreira, conta que o susto foi muito grande. A água tomou conta de todos os cômodos da casa dela, além de derrubar parte do muro e de comprometer a estrutura de outra parte.
Sandra conta que sempre que chove, a água corre pela rua e até nas calçadas, mas afirma que agora a situação se complicou depois que a prefeitura construiu um quebra-molas na Rua das Clemências. O quebra-molas fez com a enxurrada proveniente da chuva dessa segunda-feira (24) corresse também pela calçada, invadindo as casas. ?Todo mundo reza para chover, aqui a gente reza para não chover, porque toda chuva é um prejuízo. Foi a primeira vez que a água entrou dentro da minha casa. Na rua, na calçada, a água sempre corre. Agora foi além do limite. Depois que construíram aquela quebra-molas ali, toda chuva vai acontecer desse jeito. A prefeitura sabia dos riscos. Quando eles estavam construindo, a gente trouxe eles aqui e mostrou a nossa preocupação?, desabafou Sandra. Na opinião dela e dos vizinhos, a imprudência da prefeitura foi quem provocou os danos.
A situação também não foi diferente na casa de Donizete Paulino, morador da Rua das Clemências. A chuva entrou pelo portão e derrubou por completo, todo o muro dos fundos. Depois, a enxurrada caiu no quintal de um vizinho, na rua ao lado e derrubou a varanda.
No Conjunto Hélio Leão III, os quebra-molas construídos recentemente pela prefeitura também provocaram prejuízo e indignação nos moradores, que já haviam alertado sobre os riscos dos quebra-molas exageradamente altos. Eram duas as preocupações: risco de acidentes e danos nos veículos e inundação das casas. Todos eles se concretizaram. Moradora da Rua 1, Edinara de Freitas, disse que foi preciso furar buracos no muro para que a água não invadisse a casa, passando apenas por dentro da garagem.