A justiça condenou 5 pessoas por participação na morte do agente penitenciário Tiago da Silva Rocha, de 22 anos de idade. O crime aconteceu há pouco mais de um ano, na tarde do dia 24 de julho de 2014.
Era o segundo serviço de Tiago, no Centro de Inserção Social (CIS) de Quirinópolis, onde prestava serviço havia 10 dias. Ele era o único agente responsável por fazer a segurança de mais de 140 detentos. No dia do crime, dois menores foram até o estabelecimento prisional, dizendo que queriam entregar um colchão a um detento. Quando o portão foi aberto, Tiago percebeu que a intenção não era essa e acabou morto com um tiro no rosto.
As investigações – coordenadas pelo delegado Tommaso Leonardi – mostraram que os acusados queriam na verdade, propiciar a fuga de presos, alguns de alto periculosidade. Como os planos não deram certo, devido à morte do agente, os acusados fugiram, mas acabaram identificados e levados à julgamento.
A sentença assinada pelo juiz Felipe Morais Barbosa foi proferida nesta quarta-feira (26). O barrados.net teve acesso à decisão do magistrado. Natanael Santos de Jesus foi condenado a uma pena de 24 anos e 4 meses de reclusão, além de 45 dias-multa. De acordo com a justiça, Natanael prestou apoio aos outros acusados, na parte externa do presídio.
Os outros quatro condenados estavam presos no dia em que o agente penitenciário foi morto. Todos foram considerados culpados, porque tiveram participação na elaboração de um plano, cujo objetivo era propiciar a fuga de detentos. Veja a pena aplicada a cada um: Sivonildo Francisco dos Santos (29 anos e 1 mês de reclusão e 220 dias-multa), Marcelo Medeiros de Jesus (29 anos e 1 mês, além de 220 dias-multa), Cassiano dos Santos Oliveira (26 anos e 4 meses, 150 dias-multa) e Vitor Bernardo Cabral (25 anos e 4 meses de reclusão, 115 dias-multa). Todas as penas serão cumpridas no regime inicialmente fechado. No dia do crime, Vitor e Sivonildo foram flagrados com celulares, dentro das celas.
O autor do disparo que matou o agente penitenciário é menor de idade. O barrados.net apurou que ele e o comparsa, também menor, já haviam sido internados a mando da justiça.
