22 out 2016 08h00Atualizado em 22 out 2016 10h36

Prefeito diz que quer cortar gastos, mas chama mais de 200 concursados em Quirinópolis.

BARRADOS

Com o objetivo de fechar o ano com as finanças em dia, muitos prefeitos adotaram medidas de contenção de gastos, após as eleições. Em Quirinópolis, o prefeito Odair Resende (PSDB), o qual perdeu as eleições, disse reconhecer que os cortes são ações impopulares, mas necessários para que haja a adequação entre as receitas e as despesas.


O município suspendeu até o fim do ano, o pagamento de todas as entidades filantrópicas, suspendeu as atividades do projeto Jovem do Futuro que foi peça de marketing durante toda a sua gestão, deixou de realizar os “bailes da melhor idade”, suspendeu o funcionamento da Casa de Apoio que a prefeitura de Quirinópolis mantém em Goiânia. Os cortes atingiram áreas consideradas essenciais, como saúde e educação, até médicos já foram desligados do município. Os postos de saúde funcionam de forma precária, no Hospital Municipal faltam desde lençóis até materiais para os atendimentos mais simples.


Na semana anterior às eleições, a justiça proibiu que a prefeitura inaugurasse o prédio da UTI e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), alegando que ambas não estavam concluídas. O prefeito Odair Resende foi categórico, afirmando que as duas unidades estavam prontas para o funcionamento, porém, após as eleições, passou a alegar dificuldades financeiras e não falou mais sobre o assunto.


Mesmo reclamando do momento econômico e das dificuldades para se fechar as contas, no dia 20 de outubro, o prefeito Odair Resende publicou o edital N°. 013/2016, convocando mais de 200 concursados.


Se por um lado, o prefeito alega dificuldades financeiras, por outro ele aumenta de forma considerável a folha de pagamento do município, o que não é bem aceito pela população. Moradora do Bairro Santa Clara, Maria de Lourdes disse que ficou indignada com a atitude do prefeito. “Não dá pra entender, o prefeito reclama que não tem dinheiro e agora convoca esse tanto de funcionário. Ele quer prejudicar a próxima administração, que não vai poder colocar praticamente nenhum servidor de confiança (comissionado”, disse.

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